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Sucesso da OAS no exterior surpreende mercado

A operação de captação de US$ 500 milhões com investidores estrangeiros, em outubro passado, foi o fecho de um planejamento estruturado pela OAS que começou a ser concebido há oito anos. Por ser uma empresa estreante nesse mercado e possuir classificação de risco abaixo do grau de investimento (as chamadas empresas high yields), o resultado positivo da companhia não apenas surpreendeu o mercado brasileiro, como serviu de alento para aquelas que pretendem obter crédito em fontes ainda não exploradas.

No dia da oferta 336 ordens vindas de diversos pontos do planeta chegaram ao patamar de US$ 5,3 bilhões – mais de dez vezes em relação ao montante ofertado, recorde histórico para uma high yield no Brasil. A procura foi tão intensa a ponto de a companhia poder repensar tanto a oferta inicialmente prevista, que era de US$ 300 milhões, como renegociar a taxa de retorno de 8,75% para 8,25%. Ao final, as Seniors Unsecured Notes (com vencimento para outubro de 2019) foram alocadas para 268 investidores, 60% deles compostos por assets americanas e europeias. “Tivemos uma preocupação com a qualidade do capital. Não queríamos que os títulos ficassem nas mãos de especuladores”, afirma Leandro Miranda, diretor de renda fixa do Bradesco BBI, banco que liderou a operação, juntamente com Itaú BBA, HSBC, BB Securities, BTG Pactual e Deustche Bank.

O sucesso da operação foi uma feliz conjunção de dois fatores, segundo Miranda. “Com a crise europeia, os investidores passaram a buscar papéis corporativos de países emergentes, principalmente de companhias de infraestrutura. Ao mesmo tempo, as taxas de juros estão em um momento de baixa e as empresas melhor avaliadas pelas agências de classificação não estão oferecendo remuneração atraente, o que desperta a atenção para as high yields”. Para os próximos meses, Miranda acredita que o mercado estará atento para empresas brasileiras novatas em captações. “O mercado estava fechado desde o final de 2011. Agora surgem novas oportunidades.”

Os recursos serão aplicados em duas frentes. “Entre 90% e 95% serão para pagamento de dívidas que vencem em 2013 e algo entre 5% e 10% para novos projetos”, afirma Diego Barreto, diretor de finanças corporativas e relações com investidores do Gupo OAS. Segundo Barreto, o resultado trouxe confiança aos acionistas e propiciou segurança ao mercado quanto aos rumos da construtora, que participa na Invepar, que controla o Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo

Por: Guilherme Meirelles
Fonte: Valor Econômico 

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