O aumento de risco sobre impeachment da presidente Dilma Rousseff está novamente alimentando as incertezas e obscurecendo a perspectiva para o Brasil, disse à agência de notícias Reuters a analista da Moody’s para o Brasil, Samar Maziad, nesta quarta-feira (24).
A agência de classificação de risco cortou a nota da dívida do Brasil em dois degraus mais cedo, levando o país ao grau especulativo, movimento que Samar disse não ser comum, mas que reflete a magnitude da deterioração fiscal do país.
“No ano passado houve muitas conversas sobre impeachment que ganharam ímpeto e, então, perderam, e que podem ganhar força de novo. Ninguém sabe. Isto é incerteza e para nós a incerteza não é positiva e essa incerteza está refletida na perspectiva”, afirmou ela.
Nesta semana, surgiram avaliações de que o risco de impedimento da presidente aumentou após a prisão do marqueteiro das duas campanhas presidenciais de Dilma, João Santana.
Ele foi preso como parte da 23ª fase da Lava Jato, deflagrada na segunda-feira, por suspeita de ter recebido pagamentos milionários ilegais no exterior vindos do esquema de corrupção na Petrobras por serviços prestados para campanhas eleitorais do PT no Brasil.
Por: Alonso Soto
Fonte: Reuters