O mercado de energia livre, tradicionalmente ocupado por grandes consumidores, como indústrias, tem visto desde o início deste ano uma crescente presença de clientes de menor porte, com demanda menor que 3.000 KW.
De dezembro de 2015 até maio deste ano, o número de consumidores especiais (aqueles cujo gasto é menor) cresceu 32%, enquanto o de livres (com consumo a partir de 3.000 KW) subiu 7%.
A projeção é que, até o fim deste ano, entre 120 e 130 novos clientes menores passem ao mercado livre por mês, o que significaria uma alta de mais de 60% em 2016.
Além de preços mais baixos em relação ao mercado cativo, principal motivo para a migração, uma simplificação no sistema de transferência entrou em vigor em fevereiro, incentivando novos adeptos.
“Antes era preciso fazer mudanças que implicavam uma parada de um ou dois dias. Para negócios menores, era um empecilho”, afirma Rui Altieri, presidente de conselho da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica.
A carga contratada por eles ainda é proporcionalmente baixa em relação aos grandes: 17,1%, em março.
“É um volume menor, mas que começa a ser relevante”, afirma Paulo Toledo, presidente da comercializadora Ecom, que registrou alta de 23,7% no consumo dos especiais entre dezembro e março.
Na empresa, os novos clientes compensaram cerca de 40% da queda de consumo das grandes indústrias, que foi de 25% em 2015, diz ele.
TAMANHO FAMÍLIA
O grupo peruano Alicorp, dono no Brasil da fabricante de massas Santa Amália, investirá cerca de R$ 40 milhões neste ano no país, na renovação do parque industrial e no lançamento de produtos.
O setor de massas não sofreu tanto recentemente com a recessão, diz Vicente Barros, principal executivo da empresa no Brasil.
“É um produto de baixo custo e que rende muito na hora de cozinhar. Com macarrão não tem crise”, diz.
Além dos aportes na linha de produção da Santa Amália, metade do investimento servirá para lançar no país a argentina Plusbelle, que tem uma linha de xampu e condicionador vendida em embalagens de um litro.
“A economia, em relação aos frascos convencionais pode ser de 20% a 30%.”
A marca deverá estar nas gôndolas de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo e das regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste neste semestre. Em São Paulo e na região Sul, no ano que vem.
1. 500
é o número de funcionários do grupo Alicorp no Brasil
R$ 500 MILHÕES
foi o faturamento em 2015
Por: Maria Cristina Frias
Fonte: Folha de São Paulo/ Mercado Aberto