Promover a economia de baixo carbono no Brasil é o foco de uma grande aliança de associações empresariais e organizações não governamentais lançada em São Paulo esta manhã.
Batizada de Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura reúne mais de 50 entidades que pretendem estimular e propor políticas públicas. Um dos focos imediatos é o compromisso de redução de emissões e adaptação à mudança do clima que o governo brasileiro deve lançar em agosto. A meta faz parte da contribuição brasileira ao acordo climático global que, espera-se, seja fechado na conferência climática da Organização das Nações Unidas (ONU), a ser realizada em dezembro, em Paris.
Leia aqui o resumo das propostas contidas no documento.
A coalizão lançou 17 metas de implementação do Código Florestal, mecanismos de valorização econômica do carbono e dos serviços dos ecossistemas e combate ao desmatamento.
A aliança se compromete com o desmatamento ilegal zero e desmatamento líquido zero (onde a cobertura vegetal não perde na conta do desmate e do quanto foi replantado) em sua cadeia de fornecimento. Também pretende promover a elaboração de inventários florestais e exigir a comprovação de que a madeira é legalmente controlada.
Outro tópico é aumentar as sanções de “agentes que promovam ou permitam o desmatamento ilegal”, produzir mapas anuais de uso e cobertura da terra no Brasil e tornar a agropecuária de baixo carbono majoritária em todo o país.
A aliança, que reúne o Instituto Ethos, o Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), a Fibria, o Diálogo Florestal, o Observatório do Clima e outros, também quer dar escala a mecanismos existentes de valorização do carbono.
Por: Daniela Chiaretti
Fonte: Valor Econômico