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Volks tenta se livrar de multa milionária por fraudes em veículos no Brasil

Montadora recorre para não pagar multa de R$ 50 milhões ao Ibama.  Nos EUA, empresa anuncia acordo bilionário para reduzir danos ambientais e ressarcir consumidores

Punida nos Estados Unidos, a Volkswagen ainda não pagou a multa aplicada pelas autoridades brasileiras em novembro do ano passado. A empresa, que violou regras de emissão de poluentes em diversos países, ingressou com recurso administrativo para tentar se livrar do pagamento de R$ 50 milhões, o valor máximo que pode ser aplicado por descumprimento à legislação ambiental no país.

ÉPOCA obteve dados do processo administrativo, em tramitação no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). A documentação revela que a empresa até agora apresentou apenas resultados de testes feitos por ela mesma nos veículos. No auge do escândalo internacional, a empresa admitiu que mais de 17 mil carros que circulavam no Brasil também possuíam o dispositivo que fraudava a emissão de poluentes. Segundo a montadora, os veículos seriam do modelo Amarok ano 2011.

Documento da ação fiscalizatória do Ibama (Foto: Reprodução)

Documento da ação fiscalizatória do Ibama (Foto: Reprodução)

No início deste mês, o Ibama determinou procedimentos que a empresa precisa adotar para regularizar a situação e estabeleceu prazo até dezembro. Os dados também foram remetidos ao Ministério Público Federal para investigação de responsabilidade criminal.

Na terça-feira (28), a montadora anunciou um acordo de US$ 15 bilhões com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos para pôr fim às ações movidas pelos proprietários de veículos afetados. Segundo a Volks, o acordo prevê o pagamento a mais de 500 mil consumidores lesados e investimentos em projetos para compensar danos ambientais e em tecnologia para desenvolvimento de carros que poluam menos. O acordo está sendo analisado pela Justiça americana. Procurada, a Volks não respondeu até este momento. A reportagem será atualizada tão logo a empresa se manifeste sobre o caso.

Por: Alana Rizzo
Fonte: Revista Época

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