Deixar de financiar térmicas a carvão e óleo, aumentar o crédito a juros baixos para energia solar e reduzir os recursos disponíveis para grandes hidrelétricas.
Parece uma lista de desejos, mas foi exatamente este o pacote de medidas anunciado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) nesta segunda-feira – quase um mês após a ratificação do Acordo de Paris, documento da ONU firmado no final do ano passado que estabelece metas globais para reduzir as emissões de gases de efeito estufa. Nesse esforço global, o carvão é o grande vilão, sendo a fonte de energia mais suja disponível.
As novas fontes renováveis já são competitivas em termos de preço e desempenho, possibilitam a geração de energia próxima aos centros consumidores e trazem mais emprego e renda.
Apesar dessa boa notícia, ainda há muito ruído no ar. Após o Ibama ter negado a licença mabienta para a construção da usina hidrelétrica de São Luiz de Tapajós , o Ministério de Minas e Energia começou a dar indicativos de que a ausência do grande empreendimento precisaria ser compensada com mais térmicas movidas a combustíveis fósseis.
O anúncio feito pelo BNDES mostra que fontes fósseis já estão no passado e devem, de uma vez por todas, ser excluídas de todo o planejamento do setor.
“Aos poucos, o país dá mostras de entender a necessidade de diversificar e limpar a matriz elétrica brasileira. Os caminhos para as novas renováveis já estão abertos. O futuro será 100% renovável”, diz Bárbara Rubim, da campanha de Clima e Energia do Greenpeace Brasil.
Fonte: Greenpeace