No início de janeiro de 2018, durante o verão, turistas poderão conhecer o Refúgio de Vida Silvestre (RVS) do Arquipélago de Alcatrazes, em São Sebastião, no litoral norte paulista.
O anúncio foi feito pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) que promove hoje (13), às 15h, uma cerimônia de assinatura da portaria. De acordo com o instituto, os turistas poderão mergulhar e fazer passeios de barco na região. No entanto, não poderão desembarcar em terra firme por questões de segurança e para preservação ambiental.
No evento, que ocorrerá na Delegacia da Capitania dos Portos, em São Sebastião, também será formalizada uma parceria com a entidade ambiental SOS Mata Atlântica, que dará apoio à medida.
Participarão do ato os ministros do Meio Ambiente, Sarney Filho, e da Defesa, Raul Jungmann, e do presidente do ICMBio, Ricardo Soavinski, e da diretora da SOS Mata Atlântica, Márcia Hirota.
Após a assinatura da portaria que define os critérios de infraestrutura para os passeios ao arquipélago, as empresas de turismo e profissionais autônomos interessados em prestar os serviços poderão se cadastrar.
Ecoturismo
Por meio de nota, a chefe do Núcleo de Gestão Integrada do ICMBio Alcatrazes, Kelen Luciana Leite, argumentou que a medida era pleiteada há muito tempo.
“O turismo em Alcatrazes é uma antiga reivindicação de vários setores locais, que possibilita a apropriação e a valorização pela sociedade desse importante patrimônio natural”, disse.
Na avaliação dela, trata-se de um empreendimento que poderá aquecer o turismo nas cidades do entorno como São Sebastião, Ilhabela, Caraguatatuba, Ubatuba, Bertioga, Guarujá, São Vicente e Santos, que já contam com uma expressiva frota de embarcações de esporte e recreio.
Criação
O Refúgio de Vida Silvestre do Arquipélago de Alcatrazes foi criado há pouco mais de um ano, em 2 de agosto de 2016. De lá para cá, foram definidos os critérios para o Plano de Manejo e o Plano de Uso Público.
Reconhecido como patrimônio natural, o arquipélago tem sítios arqueológicos rodeados de Mata Atlântica e campos rupestres, onde foram encontradas 320 espécies de flora. Lá estão grandes ninhais raros como os de fragatas, atobás e gaivotões. Entre 259 espécies de peixes estão a garoupa e o tubarão-martelo. Podem ser vistas ainda a tartaruga-de-pente e a tartaruga-verde, ambas ameaçadas de extinção, além de baleias e golfinhos.
Em meio ao oceano, o visitante pode contemplar os paredões graníticos com 316 metros de altura que emolduram a paisagem e admirar as várias espécies da fauna marinha.
* Título e texto atualizados às 14h14 para esclarecimento de informação repassada pelo ICMBio
Por: Marli Moreira
Fonte: Agência Brasil – EBC
Edição: Lílian Beraldo