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Obama bloqueia possibilidade de exploração de petróleo no Ártico

Obama começa a bloquear novas perfurações para retirada de petróleo e gás no Oceano Ártico. Segundo ambientalistas, além de intensificar o aquecimento global, a atividade industrial nessa área pode prejudicar a fauna.

Obama começa a bloquear novas perfurações para retirada de petróleo e gás no Oceano Ártico. Segundo ambientalistas, além de intensificar o aquecimento global, a atividade industrial nessa área pode prejudicar a fauna.

O governo Obama anunciou nesta sexta (18) novos planos, válidos por cinco anos (2017-2022), de perfuração de poços de petróleo no mar. O planejamento bloqueou a venda de direitos de novas perfurações ao norte do Alaska, região que corresponde ao Oceano Ártico. Perfurações ao sul do estado americano estão permitidas.

O presidente eleito Donald Trump pode mudar as autorizações de perfuração, contudo, esse seria um processo que poderia se arrastar por meses ou anos.

Centro da produção petrolífera americana, a exploração no Golfo do México prossegue. Dos 11 pontos de extração previstos no plano, dez estão localizados na região.

A decisão, que já havia sido anunciada anteriormente, também barra perfurações no Oceano Atlântico.

“O plano se foca nos melhores locais para extração, os com maior potencial, menor conflito e melhor infraestrutura”, diz Sally Jewell, secretária do Interior dos EUA. “Considerando o ambiente único e desafiador do Ártico, e o declínio do interesse da indústria na região, esse foi o caminho certo a ser tomado”.

Representantes das indústrias não ficaram satisfeitos e classificaram a decisão como política e arrogante.

“Mais uma vez, nós vemos a atitude costumeira de Washington. Atitude que contribuiu para o resultado da eleição da semana passada”, afirma Randall Luthi, presidente da Associação Nacional das Indústrias Oceânicas (National Ocean Industries Association), citando a vitória de Donald Trump sobre Hillary Clinton.

Luthi diz que mais de 70% dos habitantes do Alaska são favoráveis a perfurações no mar. Ele afirma que os três representantes do estado no Congresso, todos republicanos, também são favoráveis.

O plano “demonstra comprometimento com a priorização do senso comum construído entre economia e ciência, evitando dessa forma os costumeiros favorecimentos à indústria e à política”, comemorou Jacqueline Savitz, vice-presidente do grupo ambiental Oceana.

Nos meses anteriores, cerca de 400 cientistas assinaram uma carta pedindo que Obama eliminasse a possibilidade de exploração de petróleo no Ártico.

Fonte: Associated Press

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