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Núcleo Rio da ABMS apoia a 3ª edição do evento Reflexões da Engenharia

A Academia Nacional de Engenharia (ANE) promoveu, no dia 14 de maio, o terceiro evento da série Reflexões da Engenharia, com o tema Impactos de Barragens na Região Amazônica. O encontro teve a participação de cerca de 100 participantes e foi realizado no Auditório Pe. Anchieta, da PUC-Rio (Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro). A organização do evento contou com a colaboração da ABMS, CBDB e Clube de Engenharia, entidades tradicionais da Engenharia Brasileira, e o apoio da Hueker-Brasil, empresa fabricante de produtos geossintéticos para obras civis.

O encontro abordou as usinas hidrelétricas, desde os benefícios técnicos e econômicos até os impactos sociais e ambientais delas resultantes. Após um coquetel de abertura, a programação incluiu a apresentação de três palestras: “Impactos de Barragens e Reservatórios na Região Amazônica”, ministrada pelo professor Flavio Miguez de Mello (foto à esquerda), da Universidade Federal do Rio de Janeiro, ex-presidente do CBDB, que falou sobre a evolução crescente do consumo de energia (646% nos últimos 36 anos, enquanto a população cresceu 81% no mesmo período) e sobre a distribuição dos reservatórios no Brasil, que abrangem uma área de mais de 8 milhões de km². Miguez tratou também do planejamento do setor elétrico para os próximos 10 anos, quando a capacidade hidroelétrica deve crescer 61%, e criticou a tendência atual de hidrelétricas a fio d’água. Acesse aqui a apresentação de Flavio Miguez de Mello.

A segunda palestra teve como título “Custo-Benefício da construção de grandes usinas hidroelétricas na região na Região Amazônica” e foi de responsabilidade do jornalista Roberto Smeraldi (foto à direita), diretor da OSCIP Amigos da Terra – Amazônia Brasileira. O palestrante falou sobre a falta de planejamento do governo, a falta de uma política energética nacional, denunciou o desperdício de energia com perdas técnicas na transmissão e falou ainda sobre a necessidade de mais investimentos. Os efeitos negativos da transformação dos territórios para os habitantes da área do reservatório também foram tema da palestra.

A terceira palestra foi “Impactos da construção de barragens na Região Amazônica”, com o Eng. Miguel Augusto Z. Sória (foto à esquerda), diretor do CBDB, que atuou por muitos anos na Itaipu Binacional. Veja aqui a apresentação do engenheiro.

Após as palestras, houve uma sessão de debates, coordenada pelo professor Alberto Sayão (foto à direita), da PUC-Rio, ex-presidente da ABMS. Sayão ressaltou os principais comentários do engenheiro Antônio Palocci, diretor da Norte Energia, empresa responsável pela construção de Belo Monte, que declarou em evento do CBDB que, apesar de não haver lei contra construção de reservatórios, o Brasil está atualmente com o parque térmico ativo, gerando energia e eliminando obras de usinas com grandes reservatórios para priorizar as usinas a fio d’água, o que, segundo Palloci, representa um absurdo desperdício de energia.

Sayão mostrou fotos da UHE Balbina 250MW, no Rio Uatumã, AM, classificada por muitos ambientalistas como um desastre ecológico”e “a pior usina brasileira”, por gerar gases nocivos- dióxido de carbono e metano – em quantidade maior que uma termoelétrica a carvão. Apesar disso, Balbina passou a fornecer 20% da energia de Manaus, sendo o resto provido por usinas térmicas. Para mais detalhes, acesse aqui a apresentação de Alberto Sayão.

O debate que sucedeu as palestras foi bastante interessante e durou mais de uma hora. A participação do público foi ativa, com os comentários sobre formas alternativas de energia – eólica, térmica e solar.

A avaliação final e o encerramento ficaram a cargo do Eng. Paulo Augusto Vivacqua, presidente da ANE.

Fonte: ABMS

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